quarta-feira, 31 de março de 2010

Musculação e Corrida

Depois que eu voltei de férias da casa de minha mãe eu engordei uns quilos. Mas eu resolvi entrar de novo para a musculação e fazer corrida. Minha ficha de musculação ficou bem mais pesada que a anterior. Já estou na oitava ficha. Agora faço todos os exercícios com duração que, na soma dão 4 segundos concêntricos/excêntricos para cada movimento. Dá um trabalho para fazer toda a ficha... Ainda vou e volto à pé da academia e, no final do treino corro trinta minutos de esteira numa velocidade média de 9,5Km/h. Mesmo assim não fico muito cansado. Depois da musculação, fico com mais pique para estudar. É muito bom, fora que, depois desses dois meses malhando, já dá pra perceber que eu emagreci. Esse ano vão fazer dois anos que estou malhando e correndo. Já cheguei a perder 17Kg. Espero perder, no total, 30Kg, me faltam ainda, portanto, 13Kg. Espero chegar lá firme e forte.

Finalmente, o fim da dissertação

Graças a Deus terminei a dissertação. Mandei por e-mail para o meu orientador. Faltava somente eu fazer a introdução, o terceiro capítulo e a conclusão. A dissertação me consumiu muito intelectualmente, porque eu havia estudado um tema que eu nem cheguei a ver direito na graduação, que é a filosofia da teoria de conjuntos. No terceiro capítulo eu falei do naturalismo na matemática de Maddy. Falei lá de um tipo de estrutura subjacente ao mundo em que vivemos, que possui uma lógica rudimentar que estrutura o mundo. A lógica rudimentar possui uns gaps de valor de verdade em predicados vagos, o que resulta que a lógica rudimentar do mundo estruturado é não-clássica. Mas essa lógica rudimentar não tem nada a ver com estruturas idealizadas da matemática, como a operação em conjuntos infinitos. Portanto, o mundo em que vivemos não suporta uma ontologia matemática, se ele for realmente estruturado nessa lógica rudimentar. Portanto, aí, eu mostro como Maddy acredita numa justificação dos raciocínios matemáticos por meios-e-fins e algumas justificações extrínsecas.
Espero que o meu orientador tenha gostado desse último capítulo.

De novo, minhas aulas de Raciocínio Analítico

Eu havia postado aqui, há um tempo atrás, mais ou menos um ano, a respeito das minhas aulas de raciocínio analítico. Realmente tem muita gente fazendo essa prova. Eu havia feito uma apostila que hoje resolvi modificá-la. Coloquei muito conteúdo de lógica informal tipo formulação de hipóteses, analogias (argumentum ad simili), declive escorregadio (slippery slope), falácia post hoc, modifiquei algumas falácias que já haviam no ttexto que eu tinha feito anteriormente além de colocar algumas estratégias para a resolução de exercícios da prova de raciocínio analítico, principalmente em questões de fortalecimento/enfraquecimento e atenção ao tópico frasal. Os candidatos parecem ter mais dificuldade em questões que envolvem "a melhor inferência", e eu acredito que eles podem resolver melhor as questões com as dicas que coloquei na apostila. Mas como tudo na vida, na maioria das vezes, se aprende pela exaustão, como nos ensina a abordagem comportamental da didática, a apostila agora possui quase todas as provas do teste ANPAD, de raciocínio analítico.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sobre o meu pai

Andando por aí eu estva pensando sobre o meu pai. Ele faleceu no início do mês de dezembro. Ontem fez três meses que isso aconteceu. Nos seus últimos dias de vida eu não pude estar perto. Minha vida tomou um rumo que nos fez afastarmos um do outro. Justifico isso com o meu dia a dia. A perda nos faz pensar. Perder qualquer coisa. Imagino isso como a situação de faltar energia em casa. Quando tem energia, ninguém nota que ela está ali porque aquilo foi incorporado e é normal ter energia. Mas quando a energia acaba, aí sim notamos que ela existe mas não está lá. Precisamos dela ali para nos fazer viver mas enquanto ela estava lá para nos fazer viver ninguém notava a sua presença. Quando a coisa está presente, ninguém nota que ela está lá. Quando a coisa desaparece aí a gente nota que a coisa existia. Muito contraditório. Assim que tenho notado a ausência de meu pai claro, que a dor existencial que isso traz nem se compara com a falta de energia. Mas é assim que aconteceu. Quando ele estava lá, estava tudo bem. Agora ele não está, o que resta é toda a dor da perda. As coisas e as pessoas na nossa vida estão a nossa volta para tapar nossos buracos. Quando o buraco é destapado pela falta do tampão, aí sentimos a presença...

A minha Dissertação

De novo, me encontrei com o meu orientador, o Túlio. Discutimos sobre os textos da minha dissertação referentes aos capítulos 1 e 2 com muita descontração, apesar da profundiade do tema. Filosofia da matemática é uma torre de babel. Se alguém afirma p a respeito da teoria de conjuntos, sempre haverá alguém que afirma ¬p. Até a definição de impredicatividade é complicada porque as duas definições existentes para esse termo são extremas. No primeiro capítulo eu falo sobre teoria de conjuntos e só: Hipótese do Contínuo, Hierarquia Cumulativa, Axiomas de Zermelo-Fraenkel e Motivações não-construtivas. No segundo capítulo eu falo sobre platonismo na matemática e a intuição matemática no platonismo. O platonismo acredita que conjuntos existem fora do espaço e do tempo. Claro que isso tudo pode ser criticado. Acreditar na existência de algo que está fora do espaço e do tempo é a mesma coisa que acreditar que os anjos conspiram a nosso favor sem interagir causalmente conosco. É isso que eu espero mostrar e descrever a hipótese naturalista de Maddy (2007) no próximo capítulo, que ainda está no forno. E, portanto, que venha a defesa!

sábado, 6 de março de 2010

E a bolsa de mestrado acabou

Pois é... Agora o duro é ter que procurar emprego para se manter. Se é assim, que façamos isso numa boa. Mas aquela bolsa que sustentou tanta coisa não tenho mais, desde viagens, bebidas e festas até (é claro) livros e coisas acadêmicas do gênero. A bolsa do CNPq deu pra dar um upgrade legal, valeu a pena. Agora, que venha a defesa da dissertação e o doutorado, porque a bolsa é o dobro e dura quatro anos. Viva a pesquisa brasileira...

Porque coisa boa é ter amigos

Desde que pus os pés em BH conheci algumas pessoas que até agora são muito especiais para mim. Isso porque eles acompanham momentos da minha vida pessoal que são decisivos, aquelas coisas que deixam a personalidade da gente completamente despida e que nos marcam profundamente. A aposta minha na confiança que tenho neles não tem falhado até hoje, simplesmente porque eles me aceitam exatamente do jeito que eu sou. Do contrário, conheci pessoas em BH que não valeram a pena, são pessoas que simplesmente devem ser ignoradas pelo que fazem em nome da perverção. Essas pessoas foram vítmas de crueldades e não sabem fazer outra coisa a não ser crueldade e ainda assim rir da cara de quem estão fazendo sofrer. E tudo isso em nome do preconceito. Às vezes me pergunto por que é que quem sofre preconceito também é preconceituoso. E o pior é quando isso acontece com alguém que está tão próximo de você que habita o mesmo apartamento, ao ponto de tornar a convivência insuportável, uma podridão tão fétida que não tem outra saída a não ser que seja botada para fora. Quer dizer, a coisa fica tão sem jeiot que a melhor decisão é mudar radicalmente. Pois foi isso que eu fiz e, novamente, apostei na confiança e pessoas que valem a pena e não me arrependi em nenhum momento.