sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Psicologia da Invenção na Matemática



Um livro do matemático Jaques Hadamard traduzido recentemente pela contraponto apresenta uma visão interessante sobre a invenção, principalmente a invenção matemática. Inventar coisa nova na matemática é para poucos. Matemáticos se parecem com artistas. Buscam por padrões e por simplicidade. Não pelo padrão e simplicidade na natureza mas por esses atributos presentes no cálculo. Uma coisa bem caprichosa. Mas o processo de invenção e resolução de problemas é bem interessante. Se diante de um problema, você não consegue chegar à sua solução, coloque ele numa gaveta e vá fazer outras coisas. Talvez isso ajude a encadear melhor as idéias e assim a solução pode se seguir a partir do momento que essas coisas façam você atacar o problema de outro ângulo ou busque novas ferramentas para tal. Isso parece ser válido não só para a matemática mas para qualquer outro problema que enfrentamos em qualquer área. A mente precisa estar aberta à novas experiências. Isso pode ajudar a criatividade. A criatividade não é aguçada se a mente se fecha a uma única coisa, mas por meio de leituras, pela arte em geral, jogos, esportes e relações humanas.

Dia comum

Hoje acordei cedo e fui pra FAFICH, na UFMG, ver a apresentação dos trabalhos dos alunos da pós que fazem parte da linha de lógica e filosofia da ciência. Algumas apresentações complicadas como sempre e algumas interessantes pelos pontos de vista tratados. Me interessei mais pelas apresentações sobre epistemologia do que propriamente das apresentações de lógica. Elas sempre são mais interessantes. Fui almoçar com um amigo que faz parte da linha e discutimos coisas sobre didática no ensino médio e ensino de filosofia. Algumas provas dos alunos dele não estavam muito boas. Discutimos também sobre o trabalho do professor de filosofia e pelo visto tem que ter muito jogo de cintura. Conversei algumas coisas com o meu orientador e chegamos à conclusão que a matemática hoje está tendendo para o estruturalismo mas que esse pode ser analisado pelo ponto de vista matemático e pelo ponto de vista filosófico também. Passei boa parte da tarde com mais dois amigos da pós. Demos boas risadas juntos e fizemos algumas brincadeiras bem engraçadas com as pessoas que passavam pelo corredor; compramos alguns livros de filosofia porque hoje a bolsa de pesquisa caiu. Eles foram embora e eu fui pra sala de estudo do departamento. Estávamos lá eu e outro amigo fuçando no site da CIA procurando documentos secretos que comprovariam o interesse estratégico dos EUA pelo Brasil na década de 50. Fui malhar na academia da escola de educação física e voltei pra casa. Comentei algumas coisas sobre preço de comida com o meu amigo que divido o apartamento, sobre política e coisas da pós-graduação. Ô vida boa meu Deus. Espero terminar o dia tomando uma cerveja com boas companhias.